quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Um texto para um certo alguém

Os sentimentos que não cabem. O palpitar do coração com bobagem. O escrever sem razão. E a paixão sem pretensão.
Não sei o que pensar e por isso me pego sem saber o que escrever. Estou confusa por uma simples razão, você.
Me apaixonei pelo jeito peculiar e por ter encontrado muita coisa do que sempre gostei reunidas aí em você. Pela conversa e pelas coisas em comum (sem essa de ser adepto do: "os opostos se atraem").
Mas como não sei o que esperar, fico sem saber que atitude tomar. Quero mostrar que te quero com uma vontade de querer sem querer. Às vezes acho que sim, outras acho que não. Não sei se é jogo seu ou pura ilusão.
E você é audacioso demais, toma conta dos meus pensamentos como se eu não fosse capaz de ir contra toda essa besta sedução.
Por ter esse jeito que só você tem e nem mesmo sabe, é que me prendeu, E tá difícil de sair.
Me deixa aqui, mergulhada em um monte de textos incompletos que eu tentei escrever para dizer o que você me fez sentir.

Falta

Hoje eu quis escrever
e não tive com o que me inspirar
Tentei buscar assuntos e
fui infeliz

Revirei meus pensamentos
mas nada veio
Pensei nos meus anseios e
no que fiz

Escrevi umas porcarias
Não gostei
E só o que saiu
foram esses versos(?) tortos

Eu não me inspirei
não porque não quis.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pré-julgamento

Olhamos alguém e inevitavelmente essa pessoa não escapa ao nosso julgamento da primeira impressão.
Às vezes, alguém que aparentemente nos parece uma pessoa de caráter bom, valores parecidos com os nossos, na realidade não é. E isso acaba com a gente.
É engraçado.
Porque nos decepcionamos quando alguém que pensávamos ser de boa índole nos mostra que existe no fundo dela alguns valores deturpados (veja bem, valores deturpados ao nosso ponto de vista, não defeitos, porque isso todo mundo tem e eu não procuro alguém perfeito) e quando é o contrário, o espanto ou qualquer outro sentimento que possa nos causar, não é tão vivo assim.
Fico sempre tentando não pré-julgar ninguém, mas ao meu ver na nossa educação e no nosso mundo, isso é humanamente impossível. Então caio sempre nas armações da primeira impressão.
Tenho que confessar que eu pré-julguei uma pessoa a pouco tempo e me decepcionei, ou melhor, acho que estou me decepcionando. Não porque com o convívio passei a conhecer mais dela e vi que ela tem seus defeitos, mas porque vi que os valores que eu achava que ela tinha e que ela tinha me vendido, não acontecem muito bem na prática.
É...palavras são fáceis de serem ditas, mas as atitudes difíceis de serem controladas.
E é aí, em cada atitude que as pessoas tomam que eu começo a ver realmente quem elas são.
Psiu, eu acho que errei com você.
Estou um pouco triste por um lado.
Mas vou continuar te observando para formar a minha opnião. Eu posso não falar muito e ser tímida, mas meu ouvido e minha cabeça não são.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tome nota

Há tanto tempo sozinha
Sem se importar
Mas ao mesmo tempo cansada
Dessa vida desregrada
Do amor que lhe esqueceu
De não ter quem abraçar
Há tanto tempo deitando em vários colos
Sem encontrar algum
que lhe fizesse aquietar
Sentindo cheiros diferentes
Conhecendo tanta gente
Rindo por não amar
Há tanto tempo se orgulhando
da sua vida de solteira
Mas a vida é passageira
e ela agora, está começando a notar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um breve pensamento

Cansei dos textos baratos e medíocres cheirando a clichê absoluto.
Porque só cantar ao mundo a tristeza, a solidão, os amores perdidos e mal-resolvidos como se nossas vidas se constituíssem só de penhascos?
O que temos nós que não conseguimos externar pela arte, seja ela qual for, os nossos sentimentos de alegria. Ou até conseguimos fazê-lo, mas não com tanto despreendimento como fazemos com os assuntos "obscuros".
Será que isso é o nosso contemporâneo?
É essa auto-sabotagem geral dos novos intelectuais que está começando a me irritar.
Afinal, quem são e o que são os novos intelectuais?
Andei lendo sobre como o mundo se abriu com o advento da internet, como ficou mais fácil a comunicação e a troca da arte e das experiências. Como tem surgido mais facilmente os escritores e como existe uma crítica conjunta aos textos dos "blogueiros". O que só mostra a independência da produção literária.
Será que são esses os novos pensadores?
Estudando em literatura, descobri que os intelectuais são poucos e geniais, simplesmente quem consegue ver a luz na escuridão e enxergar que o contraditório e o paradoxal não o são. O resultado disso é uma inovação a qual, parando para refletir, não consigo perceber hoje.
Difícil se achar capaz de escrever qualquer coisa tendo esse prisma como ponto de partida.
Eu vou tentando me libertar dessa coisa estigmatizada.
Mas por quanto tempo?
Está no ser humano a cópia, já dizia Aristóteles. Nada secria, tudo se copia. O homem "inova" em cima de algo já criado, então seria isso inovação?
É difícil de desprender.
E é aí que entra uma das teorias de que o contemporâneo ( a inovação) é o paradoxal. Um ponto que pouquíssimos conseguem atingir. Sendo desses poucos a nova idéia, o resto é florear e embelezar, dizer de um outro jeito o que um dia já foi dito.
Por quanto tempo falaremos sobre as mesmas angústias e consequentemente, as mesmas experiêncas sem nos preocupar com o tédio?
Ninguém pensa na originalidade, porque pensar é difícil, demanda muito tempo e dedicação. Pensar é um dom.