domingo, 4 de abril de 2010

Profecia

Foi assim, numa dessas noites sujas
Num buteco bebendo a loura gelada
Que o cigano leu as linhas da sua mão

Com muita firmeza confirmou:
o amor só iria se mostrar numa linha tênue
Que já teria passado em alguma madrugada

No começo riu sem acreditar
Eram absurdos dirigidos a uma eterna amante
Mas levou a embriaguez do sujeito em consideração.

O tempo passou num piscar de olhos
E a sensação descrita pelo cigano aquela noite era delirante
Bateu a insegurança e começou a ficar encucada

Futuros imprecisos sem expectativas
Dúvidas lançadas na roleta russa da vida
Será ela mais uma vez amada?