segunda-feira, 18 de maio de 2009

Reflexão

Tarde para pensar ou imaginar qualquer coisa diferente de cama, travesseiro e sonho. Sonhar para não cansar da vida ou do que é passível de desesperança.
Criar.
Recriar.
Somos o que nós mesmos criamos sem olhar para dentro.
Ouço grito, vozes, que não sei de onde vem. Sei que escrevo sem destino. Escrevo sem saber o que escrever, assim como vivo sem saber viver. Duas coisas que se interligam. Uma intercessão sem precisão.
Quero falar-lhes algo, mas não consigo me expressar.
Entretanto, acho que encontrei um estilo. É assim que consigo desabafar.
Tão fácil como ver queimar o cigarro que me acompanha nessa jornada. De me fazer entender, sem querer.
Julgar no olhar o que posso encontrar, repassando em simples cenas o que foi vivido, como em um filme onde a trilha sonora qualquer um pode escutar.
É o barulho.
O barulho do ventilador funcionando, o barulho do estalo da cama, da respiração, da emoção de se saber, que um dia há de merecer.

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