Esperando.
Veja a rua assim, movimentada já as 8 da manhã. Os carros passam apressados como se fossem duas da tarde.Vejo alguns pedestres passando tranquilos. Outros, com pressa. Andam rápido para chegar não sei aonde. Carregam bolsas, sacolas, não carregam nada. Carregam seus corpos leves, pesados, não importa. Andam de chinelo, sapato, sandália, calças ou bermudas, camisas ou camisetas. Os ônibus passam com superlotação, daqueles que já vão pra guerra do trabalho, coisa de gente grande. Mas vão sem conforto algum. Castigo? Não sei.
Há muitos carros estacionados aqui em baixo da minha janela, escrito: "vende-se carro". Agora já são quase dez horas, o sol resolveu aparecer e dá brilho a estes carros aqui de baixo, as cores não são muito diferentes, mas um vermelho se destaca. Passou um ônibus todo colorido, engraçado. Sorri.
Da minha janela vejo o mundo em cores, amores.
Duas pessoas passaram correndo, duas juntas, duas separadas, duas no mesmo sentido, duas em sentido oposto. O sinal fecha e abre. Vermelho e verde. Tem letreiros espalhados por toda parte. Grandes,pequenos, com letra grande ou um pouco miúda para os meus olhos míopes, mas todos muito coloridos para chamarem atenção.
Gosto da paisagem da minha janela. Tem ruas movimentadas, mas separando-as tem grama e árvores. Suas folhas balançam com o vento. Eu queria estar nesse vento, no lugar da folha, aqui está muito quente e eu me sinto presa.
Quero sair, mas não posso.
Só quando der a hora.
A hora da liberdade, da saudade, da eternidade.
Um comentário:
bonito :)
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