O momento é de respirar.
Inspirar o ar que vai te fazer querer ser e expirar a vida acelerada que te impõe o teu ser.
Assim. Pouca, vazia, incessante, escura e cheia barulhenta, corrida.
Cheia de vida cheia.
Cheia de alma vazia.
O relógio não para e os compromissos se atropelam, atropelando nosso cuidado de ser humano. O cuidado escorre como água por entre nossos dedos. O amor se escondeu e não deixa ser achado, o carinho não quis brincar e o sorriso se perdeu no pique-esconde dos sentimentos. Enquanto isso o estresse, a raiva e a amargura estão em roda cantando a modinha que Vô Hades ensinou. É pela falta, nessa síndrome gauche de Luísa Porto, que se materializa o meu eu. Gauche eu ou gauche a vida?